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22.10.22 - Porquê esta data?

22 de outubro de 2022 - Porquê esta data?

Curiosamente foi demasiado fácil alinharmos uma data para formalizarmos o Casamento. De forma a chegarmos lá, foram definidos alguns critérios…tem de fazer sentido para os 2, verificar os fins de semana disponíveis em 2022, ser num ano par, num mês par e num dia par.

(Par)ece óbvio! ;)

Quando olhas para o calendário e vais avançando pelos meses, chegas a outubro e deparas-te com o sábado perfeito…juntar os nossos 2 que marcam os dias dos nossos aniversários (e agora também o dia de aniversário da Celeste), consagrar o 10.º aniversário de namoro no mês 10 (ao mesmo tempo que festejas os 10 meses do nascimento da Celeste), e fazê-lo em ano par que junta novamente os nossos 2 (e relembra-nos o número de minutos que demorou a cesariana que nos trouxe a Celeste…22 minutos!).

É ou não é a data ideal…são coincidências numéricas que nos fazem sorrir e seguir em frente para este momento marcante.

E tem mais um significado especial – é o dia em que a avó (Maria) da Bela faz 90 anos 😊

Pedido de Casamento

“Pedido de Casamento”

Versão “à La Pedro”

Após 8 anos juntos, existia a vontade de dar um novo passo no nosso trajeto, que nunca foi uma prioridade, mas que as conversas que tínhamos tido, tornaram a ideia com maior significado.

O plano era arriscado pois a palavra “Não” pode sempre surgir e a pressão do pedido ter de ser feito num ano par, não dava azo a grandes hesitações…havia poucos meses para tudo acontecer.

A ideia era simples em termos teóricos. Convite para jantar num restaurante de sushi que ambos adoramos (já de si irrecusável J). No início da refeição (após as entradas, claro, para garantir algum conforto na congratulação ou desilusão), teria de surgir um acontecimento marcante e inesperado, para que, no seguimento da “distração”, pudesse ser efetuado o pedido.

O plano estava traçado, desenhado, idealizado e a data não podia ser indiferente…22 de dezembro de 2020. Era altura de o pôr em prática. Na véspera e após a reserva antecipada da mesa para 2, desloco-me ao restaurante para falar com o dono e fazer uma espécie de ensaio. Entramos numa discussão saudável sobre todos os passos a dar até à formalização do pedido (posicionamento da mesa, posicionamento da Anabela – sem visibilidade para a sala/entrada, momento adequado para saída da mesa após as entradas, entrada em cena do momento musical, localização das flores, o meu posicionamento). Tudo iria acontecer num dia normal de atividade do restaurante (sem saber quantos clientes iriam estar presentes, o posicionamento da nossa mesa iria permitir que estivesse de costas para a maior parte das pessoas presentes…o foco teria de ser aquele canto da sala J ).

Semanas antes tinha já efetuado um contacto com o Coro de Santo Amaro de Oeiras. Duas coristas iriam estar presentes para cantar uma música que colmatasse a minha ausência premeditada e contribuir para a sensação de incompreensão da Anabela, até ao meu regresso.

Chegou o dia! Em preparação para sairmos, a Anabela sugere que a indumentária fosse formal, ou seja, porque não ela ir de vestido e eu de fato (eu que raramente uso fato). Apesar de estranhar a ideia, alinho, como é óbvio.

Viagem tranquila até ao local do restaurante. Ao entrarmos no restaurante é-nos indicada “a nossa mesa” e ao iniciarmos a caminhada passamos pelas duas coristas, sentadas logo na primeira mesa. A Bela senta-se no seu lugar habitual, sem visibilidade para a sala. Até agora está tudo em ordem…escolhemos a bebida e as entradas. Após as entradas, selecionamos o menu de jantar e ausento-me para ir à casa de banho. Plano em marcha.

Passo pela mesa onde estão as coristas enquanto o dono do restaurante dá luz verde. Está tudo pronto. Elas avançam na direção da nossa mesa e começam a cantar a música selecionada (“Minha Flor” – Agir)…sem a Bela fazer a mínima ideia do que se está a passar. Eu vou mais atrás….já com as flores na mão. As coristas param em frente à nossa mesa continuando a cantar a música para surpresa total da Bela e incómodo inicial.

Achando estranho a situação, a Bela sai devagar da sua posição para conseguir ver o resto da sala e aí depara-se com a minha presença em pé com as flores na mão…algo se está a passar mas ainda não é tempo para explicações porque a canção não terminou e é tempo de desfrutar do momento musical. Percebia-se que a Bela queria beber mais um copo, mas este já estava demasiado longe 😊. A canção terminou, aplausos surgiram, eu aproximei-me, entreguei as flores, retirei o anel, ajoelhei-me e já sabem o desfecho da história…SIMMMMMMMM!

Versão “à La Anabela”

Quando num ano completamente atípico o Pedro diz, vamos jantar Sushi a 22 de Dezembro, perfeito! E lembrei-me – já que mandei vir um vestido online (acontece, sem julgamentos) - e calhou ficar bem, e estou muitas vezes 24h com a linda fatiota = pijama, vou aproveitar e peço ao Pedro para irmos ‘bem vestidos’ – para não corrermos o risco de eu ir mais alta e cheia de maquilhagem e o Pedro com a t-shirt de ‘Odivelas’ por baixo e o seu adorado casaco polar.

Chegámos ao ‘nosso’ restaurante de sushi favorito e ficámos na mesma mesa de canto, que coincidência espectacular (pensei eu!) – dá para comer, deixar cair o sushi nas várias tentativas de usar os pauzinhos, ficar ligeiramente tocada com a Sangria e ninguém nos vê 😊

As entradas e sangria chegam, fazemos o nosso brinde da praxe, confirmamos com olhares e sorrisos de que estamos felizes e a travessa da comida chega. E o Pedro decide que afinal está aflito para ir à casa de banho... não tem mal nenhum, mas agora tenho de ficar a olhar para a travessa e esperar... porque seria rude comer umas peças e reoganizar a travessa não é?!

Estou nesse compasso de espero não espero e oiço umas miúdas a cantar ao longe até que se aproximam da nossa mesa (sorte, que optei por não mexer na travessa) – começam a cantar uma música que não faço ideia de quem seja – e não consigo associar ao Natal – mas o meu pensamento foi – NÃO TENHO MOEDAS – como é que agora faço se depois pedirem alguma coisa – elas são tão novinhas, devem ser de um coro de igreja!

Segundos depois noto que a empregada que nos serviu está a filmar-nos – e começo então a ouvir com mais atenção a letra da música – não sei quê, no meu jardim há uma flor – isto não pode ser do Pedro – mas já estão aqui há um bom bocado só a cantar para mim – começo a tentar sair da mesa (recordo que estou de vestido, num canto de sofá apertado, a ter de rastejar com o rabo pelo sofá até à esquina da parede para conseguir ver o resto do restaurante, almofadas caem, começo a suar, e lá vejo o Pedro na porta do restaurante com um ramo de flores. Ele vê-me, sorri (acho eu porque está de máscara) e não avança nem um passo! Fico ali no canto da mesa com TODA A GENTE a olhar para mim, e as miúdas a cantarem non stop. Acho que repeti com expressões faciais “tu és doido?” como é que uma pessoa tão reservada faz uma coisa destas!?!?”

A música pára, acho que me levanto e bato palmas e o Pedro, com a máscara presa por uma orelha, entrega-me as flores, ajoelha-se e diz o meu nome completo – só para não termos dúvidas que sou eu – e faz-me a pergunta “aceitas casar comigo?” – quer dizer – tenho sushi ali numa travessa à minha espera – já bebi sangria e é dia 22 – claro que disse ‘Aceito’. E ri-me de vergonha das palmas à nossa volta. E lá demos um beijinho tímido (sempre com aquela máscara na orelha).

Agradecemos às coristas, à empregada e dono do restaurante, depois sei que bebi quase o jarro todo e que o Pedro me explicou as partes da música que sabe que não se aplicam a nós e aquelas que lhe faziam sentido e a sua aventura na ‘contratação’ de um coro.

Para quem conhece o Pedro sabe que é super reservado e para pedir esta ajuda toda não deve ter sido fácil. Para quem me conhece sabe que gosto de festas temáticas, eventos em dias especiais mas que não sei lidar bem com coisas muito lamechas. Mas calhou tudo super bem.

Deixo-vos aqui a música, que espero que vos fique na cabeça para depois no casamento rirmos um bocado 😊 - https://youtu.be/28pt4c-kUcY

Pedido de Casamento.png

À primeira vista

At first sight I À primeira vista (Versão do Pedro)

No longínquo ano de 2006, um grupo de amigos organizou uns dias de convívio para se entreterem a festejar mais uma passagem de ano, sendo a Tocha o local escolhido.

E foi aí, nessa data, nesse momento, nesse local e nesse contexto que a vi pela primeira vez (nessa altura ainda estava sóbrio!). Não consigo explicar ou descrever em palavras o que senti quando a vi pela primeira vez mas fiquei, já na altura, embebecido com a sua beleza (mal sabia o seu feitio). Sabia que a teria de ver novamente e não podia demorar muito tempo, mas noutro local e noutro contexto, sobretudo noutro contexto. E assim foi, um outro convívio entre amigos, já em 2007 por Lisboa, permitiu conhecê-la melhor e já no final da noite, ganhar coragem para lhe pedir um simples contacto de telemóvel (estarmos perto de uma padaria com bolos acabadinhos de fazer penso que ajudou a receber um sim). A partir daí, já não havia nada a fazer….tinha de a conhecer melhor, construir uma amizade e construir a nossa história!

Foto de Fevereiro de 2007

Anabela and Pedro_2007.JPG

Inicio do Namoro

Quando é que começámos a namorar?

Mais uma história sobre uma data...que curiosamente não é par...

01.09.2012

Aproveitando o facto de já convivermos há algumas semanas com “dates” diferenciados (passeio à Feira do Livro, convite para jantar fazendo de chef michelin, concerto do Rui Veloso em plena baía de Cascais...etc) e aproveitando um ano em que o Verão se arrastou por Setembro surgiu o convite para irmos à praia...da Comporta! Se ela estivesse disposta a acordar às 06h00 para seguirmos viagem por um dia de praia, talvez pudesse haver esperança de algo mais... 😊 [sim, acordei a essa hora, devo ter adormecido durante o percurso, porque quando dei por mim o carro estava estacionado no meio do nada.... só dunas... mas ok... afinal tive de andar mais de 20 minutos, atravessar as dunas todas, andar, andar, andar até à praia – que não faço ideia do nome – porque tinha de ser aquela praia... mas eu aguentei – se bem que devo ter-me queixado o caminho todo!]

Entre mergulhos e banhos de sol, e num momento desajeitado e sem grandes preparações surgiu uma aproximação com cautela (não fosse a rapariga ter um chinelo à mão!) e um beijo correspondido [esta versão do Pedro está errada, houve um beijo na bochecha e uns risos daqueles parvos, mas foi só isso!]. O início de uma história que ficou na altura marcada por um escaldão mas que ninguém ficou escaldado. Memórias boas e simples que queremos de forma simbólica, registar e comemorar o décimo ano juntos, agora mais preenchidos com a presença da “nossa” Celeste! [voltando à história real – vocês sabem que a memória da mulher vai até ao ano 1930, mesmo quando não esteve lá não é?! – então, saímos da praia com um leve escaldão e eu estava cheia de fome... não se esqueçam, 20 minutos para chegar à praia, 40 minutos para voltar, que com areia por todo o lado e escaldão o percurso parece os degraus de Bom Jesus de Braga, continuando... fomos parar a Setúbal, à famosa avenida Luisa Todi - jantámos e depois fomos fazer uma caminhada antes de seguir para casa... e então o Pedro decidiu arriscar e lançar-se ao beijo antes da meia noite ... e foi assim que aconteceu o nosso primeiro beijo que marcaria o início do nosso namoro] - e agora o Pedro vai ficar vários dias a matutar como é que me vai compensar por se ter esquecido dos verdadeiros acontecimentos... podem enviar-lhe sugestões :)

jogo do sporting.png

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